HISTÓRIA

Recorrentemente, diversos autores quando tratam da História dos Seguros, da Previdência e da Atuária retornam à Antiguidade. Um exemplo é o Código de Hamurábi, do século XVIII a.C., entendido por parte da bibliografia sobre o tema como marco inicial da atividade securitária. O termo atuário era utilizado na Roma Antiga, onde os escribas do Senado eram denominados actuarius. O prefeito pretoriano de Roma, o jurista Eneo Domitius Ulpianus, foi designado, postumamente, como o primeiro atuário da história, pois realizou registros de nascimentos e mortes dos romanos, criando a chamada tábua de Ulpianus.

Ao longo da Idade Média eram realizadas uma série de práticas de proteção que vários autores fazem analogia com as atividades securitárias e previdenciárias atuais. No entanto, somente na Europa dos séculos XVII e XVIII é que as operações de seguros se aproximaram bastante com as praticadas da atualidade.

Igualmente, a utilização da palavra atuário no sentido contemporâneo da profissão começou a desenhar-se na Inglaterra desta época, ou seja, na Idade Moderna. Inicialmente, foram designados atuários os contadores encarregados dos cálculos financeiros das organizações, mas foi o médico britânico William Morgan que ganhou o título de primeiro atuário moderno e de um dos fundadores da profissão, pela sua dedicação ao estudo do seguro de vida e por sua atuação na Equitable, companhia dedicada à mencionada modalidade securitária.

Em relação ao Brasil, com a chegada do príncipe regente D. João e da sua corte ao Novo Mundo, foi criada a primeira seguradora em terras brasílicas no formado S/A, a Companhia de Seguros Boa Fé. Nas décadas seguintes, surgiram várias companhias de seguros e, também, os montepios, espécie de previdência privada. Ainda no século XIX, D. Pedro II preocupou-se com a implementação de pensões para várias categorias profissionais.

No período republicano, destacam-se os governos de Getúlio Vargas, quando uma série de medidas beneficiaram os setores securitário e previdenciário, bem como a profissão do atuário. Como exemplos podem ser citados a criação do Instituto de Resseguros do Brasil, o IRB, e do Instituto Brasileiro de Atuária, o IBA, assim como os primeiros cursos de Ciências Atuariais, nas Faculdades de Economia das então designadas Universidade do Brasil e Universidade do Rio Grande do Sul.

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